segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sem sentido

Procuro nos ventos que batem nas portas respostas pras perguntas que parecem não escutar.
Encontro mudos, vagabundos imundos, que embora fecundos, cismam em não proliferar.
Jogados nas ruas, cobertos com qualquer coisa, parecem não viver, mas sobreviver com o que há.
Aniamis que falam,
Que pensam,
Que andam,
Que amam,
Mas que não têm força para tomarem atitude,
Ou já perderam a fé, de que é possível mudar.
O cheiro é terrível e o odor do ser humano descrente... é pior!
Cheiro de gente que não acredita mais,
Cheiro de descaso,
Não descaso político, mas social!
E, se é social, cabe a sociedade mudar a sorte...
Se cada um segurar numa parte...o peso se torna menor, o peso é divido.
Mas...talvez...nem você e nem eu...
Acho até que nem ninguém...
Queira dividir o peso da sorte, o peso da morte.
Enquanto a barriga que dói,
A pele que sente frio,
A cabeça que entra em depressão,
E a mão que aperta o gatilho do suicídio não forem parte de seu próprio corpo...
Não tem porque fazer alguma coisa,
Não há porque mudar.
Não há porque mudar!

Seminarista Walber Nunes

Nenhum comentário:

Postar um comentário